Streptococcus pyogenes (Grupo A)
Causador de uma variedade de doenças supurativas como a faringite, infecções em tecidos moles, e a síndrome do choque tóxico estreptocócica, e não supurativas como a febre reumática e glomerulonefrite. São Cocos Gram-positivos de crescimento rápido e em cadeia.
A sua virulência é determinada pela capacidade de evitar a fagocitose, aderir e invadir as células do hospedeiro e produzir toxinas.
Epidemiologia
É disseminado de pessoa para pessoa através de gotículas transmitidas no ar ou por rupturas na pele após contato direto com indivíduo infectado, fômites ou vetor artrópode. As pessoas que são do grupo de risco são crianças de cinco a quinze anos, crianças entre 2 e 5 anos com higiene pessoal deficiente, pacientes com infecções nos tecidos moles, paciente que tenham desenvolvido faringite estreptocócica ou infecções de tecidos moles.
Diagnóstico
É possível identificar as cepas, por meio do teste da catalase, reação positiva para PYR, suscetibilidade a bacitracina e presença de antígeno grupo específico (no caso grupo A).
Manifestações clínicas
FARINGITE: Normalmente é desenvolvido em cerca de 2 a 4 dias após a exposição ao patógeno, com surgimento dos sintomas: dor de garganta, febre, mal-estar e cefaleia. A faringe posterior pode se apresentar eritematosa, com exsudato e a linfadenopatia cervical pode ser proeminente. Mesmo com esse quadro clínico, é difícil diferenciar a faringite estreptocócica da faringite viral. O seu diagnóstico específico só pode ser realizado por meio de testes bacteriológicos ou sorológicos. A escarlatina é uma complicação da faringite estreptocócica. Em cerca de 1 a 2 dias após o aparecimento dos sintomas clínicos iniciais para o desenvolvimento da faringite, é observado uma erupção eritematosa difusa, a qual inicialmente acontece na região superior do tórax e se dissemina para as extremidades. A área ao redor da boca é normalmente poupada, também a palma das mãos e a sola dos pés. Recobre a língua e mais tarde desprende um revestimento branco-amarelado, inicialmente. Dessa forma, expondo a superfície que se encontra inflamada e vermelha. As complicações supurativas da faringite estreptocócica se tornaram raras desde o início do tratamento com antibióticos.
PIODERMA: O pioderma (impetigo) é uma infecção limitada, purulenta a qual acomete a pele, afetando as áreas expostas. A infecção se inicia quando a pele é colonizada com S. pyogenes, após o contato direto com uma pessoa infectada ou fômites. O microrganismo invade os tecidos subcutâneos por meio de uma ruptura na pele. Então, as vesículas são desenvolvidas, progridem para pústulas e então se rompem e formam uma crosta. Os linfonodos regionais podem se encontrar aumentados. O pioderma é observado normalmente durante o verão, comum em crianças pequenas e com pouca higiene pessoal.
ERISIPELA: Erisipela é uma infecção aguda da pele. Os indivíduos infectados apresentam sintomas de: dor localizada, inflamação, aumento dos linfonodos e sinais sistêmicos (calafrios, febre, leucocitose). A região afetada da pele normalmente fica mais elevada e diferenciada da restante. A erisipela é mais comum em crianças pequenas e em idosos, acometendo a face e as pernas. Normalmente antecede uma infecção respiratória ou infecção na pele causada por S. pyogenes.
Referências
MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia medica. 6. ed. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2009,